Via Folha de São Paulo


Isentos de impostos de importação, os produtos vendidos no Duty Free de São Paulo apresentam, evidentemente, um valor abaixo dos praticados pelos supermercados.
Mas a diferença de preço entre a zona restrita aos viajantes internacionais e os mercados tradicionais varia de acordo com o produto. Algumas compras são mais vantajosas, outras, nem tanto.
Pensando nisso, a reportagem do "Turismo" comparou os preços dos dez produtos mais vendidos no Duty Free com os mesmos itens em três supermercados paulistanos: Casa Santa Luzia, Pão de Açúcar e Sonda.

Foi utilizada a cotação do dólar aplicada pelo Duty Free na última sexta-feira, que era de R$ 2,12.
Com exceção da caixa de chocolates Garoto, todos são realmente mais baratos na loja do aeroporto.
A maior diferença de preço é verificada na compra da cava Freixenet Cordon Negro Brut. No Duty Free, o valor (US$ 15; R$ 31,80) é menos da metade (48,9%) dos R$ 65 que seriam necessários para comprar a mesma garrafa na Casa Santa Luzia, o local com o menor preço para o produto entre os comparados.
O uísque Johnnie Walker Red Label, o campeão de vendas do Duty Free, tem uma diferença de 44,6% em relação ao Pão de Açúcar (opção mais econômica).
Já a vodca Absolut sai 43% mais barata que no Sonda (local mais em conta para compra do item).
O licor Amarula sai 28,7% mais barato do que no Pão de Açúcar, que tem o menor preço dos três e ainda comercializa a garrafa em versão com 750 ml (no Duty Free, é vendida embalagem de 1 litro).

"As bebidas alcoólicas têm uma tributação alta no Brasil. Na vodca, por exemplo, há 20% de imposto de importação, isento na compra no Duty Free", explica João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.
Já no caso da caixa de bombons Garoto, não há vantagem. Ainda que o produto seja comprado na Casa Santa Luzia, onde é vendido pelo maior preço (R$ 9,70), o valor representa 66,3% do que seria pago no Duty Free (US$ 6,90; R$ 14,63).
"Os produtos estão no aeroporto, em território brasileiro. Sofrem todos os impostos que são aplicados sobre eles em uma loja qualquer, exceto os de importação", diz José Carlos Rosa, CEO da América do Sul da Duty Free Dufry."Quando o passageiro sai daquela área com a bagagem, é aí então que ele está importando o produto."

LIMITE
O limite de compra no Duty Free é de US$ 500 por pessoa. As bebidas alcoólicas, que lideram a lista de vendas, têm cota de 24 garrafas, com quantia máxima de 12 unidades por categoria (12 uísques e 12 vinhos, por exemplo).

RESERVAS
Para evitar filas no desembarque, é possível reservar produtos pelo site (dutyfreedufry.com.br), pelo telefone (0800-72-38379) ou durante o embarque, retirando os produtos no retorno ao Brasil.
Reservas pelo site podem ter descontos. Na última semana, o uísque Johnnie Walker Red Label de um litro saía de US$ 23,50 por US$ 21,15, e a caixa de um quilo de Lindt Napolitans custava US$ 39,75 (o preço regular é US$ 49,90).
Produtos reservados têm disponibilidade e valores garantidos no ato da compra, afirma José Carlos Rosa, CEO da América do Sul da Duty Free Dufry.