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Mapeando o Peru - Onde ir?

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Ontem conhecemos um pouco da história do Peru e hoje veremos alguns lugares quase que imperdíveis para se visitar por lá.

Lima
Lima, a capital do Peru, é uma cidade gigante, com cerca de 8 milhões de habitantes. Não é propriamente uma cidade vibrante mas tem algum interesse em termos culturais e de arquitectura colonial (como, aliás, a maior parte das cidades Peruanas). Não considero que seja paragem obrigatória mas, se lá se tiver que passar um ou dois dias, não serão dias desperdiçados. A melhor zona para ficar hospedado é no bairro de Miraflores, o mais nobre e seguro da cidade, onde, mesmo à noite, é relativamente tranquilo andar pelas ruas principais e onde há vários restaurantes e bares abertos até tarde. Pontos de referência: Centro Comercial Larcomar, Avenida Larco, ovalo de Miraflores, Parque Central de Miraflores, Parque Kennedy, Calle de las Pizzas (muitos restaurantes). Durante o dia há muitas lojas, serviços e movimento mas vale bem a pena ir até ao centro histórico da cidade, à Plaza de Armas, etc. É fácil e rápido apanhar uma autocarro ou táxi até lá. Aqui também pode ser uma opção para ficar a dormir mas, noite dentro, já não é muito aconselhável andar na rua. O bairro de San Isidro, colado a Miraflores, é outra opção para ficar alojado e o bairro de Barranco é o melhor sítio para sair à noite, com bares e discotecas bem frequentadas, onde normalmente param os artistas e as pessoas mais boémias da cidade. Percorrer a marginal Costanera/Circuito de las Playas (de carro e com as portas trancadas), parando para comer ou beber qualquer coisa num dos clubes, é engraçado. Para comer ceviche, o melhor sítio é nas docas de Callao, mas é bom saber ir lá dar direitinho ou andar com alguém local!

Arequipa
Arequipa é a segunda maior cidade do Peru e está situada nos Andes, a sul do país e a uma altitude de 2.400 metros. É uma cidade bonita, com muitos edifícios da era colonial Espanhola, museus, mosteiros, etc. construídos com uma pedra branca de origem vulcânica, que lhe valeu o cognome de “Cidade Branca”. O centro histórico está considerado como Património Cultural da Humanidade desde o ano 2000. Muito bom para quem aprecia esse tipo de visitas. Está rodeada por dois vulcões, cujo cume está sempre com neve e se vêm de qualquer ponto da cidade. Muito bonito! Um deles fica mesmo ao lado do aeroporto, pelo que aterrar e descolar de lá é uma vista esplêndida. Arequipa costuma ser, também, um bom ponto de partida para visitar o Vale e Cañon del Colca, que fica a cerca de 3,5 horas. Tem muitos hotéis, bares e restaurante e uma boa movida!

Cusco e Machu Picchu
Cusco e Machu Picchu são os lugares mais visitados do Peru, com tudo o que isso implica de bom (?) e de mau. Mas são, de facto, destinos inevitáveis. Os preços da maioria dos alojamentos e serviços (transportes, restaurantes, tours, atracções, etc.) estão inflacionados e é difícil fugir das malhas do turismo organizado. Por exemplo, há comboios locais baratíssimos para Aguas Calientes (o vilarejo de acesso a Machu Picchu) mas os estrangeiros não podem viajar neles e têm que apanhar (e pagar bem!) o comboio turístico. Mas também conheço quem já tenha ido à socapa no comboio local e sobreviveu para contar! O itinerário ideal será sair de Cusco de manhã cedo para visitar as aldeias do Vale Sagrado, num tour organizado ou transporte pessoal e, em vez de regressar a Cusco ao final do dia, seguir de Ollantaytambo para Aguas Calientes e ficar lá a dormir para conseguir subir cedo para Machu Picchu. Há agências que conseguem desenrascar essa opção mas pode ser preciso insistir. Senão, é arriscar tudo e, na estação de Ollantaytambo, saltar para dentro do comboio dos locais. Depois de estar em andamento, e com um bocadinho de humildade e boa educação, é pouco provável que nos mandem sair… os peruanos são boa gente! Para ver mais informações e horários dos comboios ver Transportes locais no Peru. Cusco é uma cidade única e imperdível, numa localização fora de série a 3.500 metros de altitude. É muito animada a partir do final da tarde e à noite, com restaurantes e bares muito porreiros. Quem quer fazer o famoso “Inca Trail” tem que reservar junto de uma das várias agências com alguns meses de antecedência, pois, dadas as restrições em relação ao número de caminheiros por dia no trilho, está sempre esgotado. Não se pode fazer o trilho sozinho, sem agência e guia credenciado.

Lago Titicaca (Puno)
A seguir a Cusco e Machu Picchu, talvez o segundo maior atractivo do Peru. Puno é uma cidade feia e sem interesse, pelo que a maioria das pessoas passam por lá apenas com objectivo de chegar às ilhas flutuantes dos Uros e as ilhas Taquile e Amantani. É possível chegar sem nada marcado e conseguir apanhar um tour básico mas, para uma experiência mais rica (dentro do que ainda é possível, uma vez que aquilo já está bastante “turistado”), recomendo uma das “Non-Touristy Tours” da agência All Ways Travel, onde é possível ficar a dormir com um família local, num dos simples quartos das suas casas.

Trujillo
Trujillo é a terceira maior cidade do Peru. Foi a primeira grande cidade a proclamar independência dos Espanhóis e tem um estilo colonial, com um centro histórico muito cultural, museus, monumentos, muralhas, conventos e igrejas. É uma estadia simpática, principalmente se nos misturarmos a confraternizar com os locais nos finais de tarde e início de noite nas escadas da Plaza de Armas (uma prática muito comum na maioria das cidades). Muito perto estão as ruínas da cidadela de Chan Chan, Património Mundial da Unesco, e a vila de veraneio de Huanchaco.

Huanchaco
Huanchaco fica a 10 km de Trujillo e é um forte destino de praia das redondezas. Nos períodos de férias dos peruanos e nos fins-de-semana de bom tempo pode estar com bastante gente, mas é divertido! Fora dessas épocas é principalmente um destino para viajantes errantes, muitas vezes à procura de uma primeira abordagem às longas ondas peruanas ou de alguns dias relaxados e sossegados. Huanchaco é a casa dos famosos “cabalitos de totora”, uma espécie de pranchas/canoas feitas de junco, o mesmo material das ilhas flutuantes do lago Titicaca.

Puerto Malabrigo
Puerto Malabrigo é o pueblo onde fica a onda de Chicama, conhecida como sendo a mais comprida do mundo. Apenas turistas-surfistas vão para Puerto Malabrigo, que é um sítio feiinho e sem nenhuma atracção para além do surf.

Pacasmayo
Pacasmayo é, sobretudo, um destino de férias para locais que faz recordar os idos tempos ricos e coloniais, quando as famílias vinham em peso da cidade para passar a época balnear. Aqui, é raro encontrar um turista que não esteja lá perdido ou com um objectivo muito específico. De facto, a onda de El Faro consegue, nos seus melhores dias, fazer concorrência a Chicama e o local é um dos melhores e mais inóspitos do mundo para fazer windsurf/kitsurf. Pacasmayo tem muito pouco interesse sob o ponto de vista do turismo tradicional, mas é uma cidade que eu adoro e onde gosto de passar os dias a viver a vida local… depois do surf da manhã, claro!

Mancora
Mancora e as terrinhas próximas são o principal destino de praia do Peru. A sua localização, bem a Norte já próximo da fronteira com o Equador, protege-a dos efeitos da corrente fria que “ataca” o resto do país (ver Clima no Peru). Por isso, o clima é tipo tropical, com bom tempo, calor e água quente. Mancora em si é movimentado, com muitos turistas locais (principalmente nos períodos de férias escolares) e alguns viajantes que não cumprem o trilho das agências de viagem. As praias e pueblozitos volta são mais calmos e ideais para deixar passar o tempo. Eu gosto muito desta zona e conta-se que foi por aqui que Ernest Hemingway encontrou inspiração para escrever “O Velho e o Mar”, na sequência de algumas estadias para a pesca do Merlin Negro.

Nazca
Não conheço Nazca mas penso que a cidade em si não tem muito interesse para além de ser o ponto de partida para os voos que sobrevoam as famosas e misteriosas linhas de Nazca, que são uma das principais atracções turisticas do país.

Tacna
Tacna é a cidade mais a sul do Peru e, como atractivo turístico, não tem muito interesse. É, sobretudo, um ponto de passagem de/para o Chile (Arica), pois fica a 50 kms da fronteira. Há autocarros “directos” para Arica (Chile), com passagem da fronteira a pé. A viagem demora cerca de 1 hora e é uma experiencia interessante.

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